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sábado, 26 de abril de 2008

A Arte Inócua

No início do século passado, o ser humano mais fascinante que já passou sobre a face da Terra proferiu a seguinte frase: “ O mundo é velho demais, tudo já foi dito”. Talvez isto explique o fato de Arthur Rimbaud ter abandonado a poesia aos vinte anos de idade, dando início à sua turbulenta carreira de traficante de armas na Abssínia.
Hoje, no início do século XXI, tenho a sensação de que a humanidade esgotou todas as suas possibilidades. Se pudéssemos conceber deus como um cientista onipotente, poderíamos dizer que a humanidade é uma experiência que falhou. O planeta agoniza de forma acelerada e o modo de vida que o homem criou faz com que a verdadeira arte dê lugar ao entretenimento chulo e inócuo. O homem que trabalha no mínimo oito horas por dia anseia por um escapismo que não o perturbe, que não o faça pensar e principalmente: que possibilite um esquecimento temporário da estupidez que é a sua vida. Por isso, a “arte” que é consumida hoje em dia é um refugo de quinta categoria totalmente desprovido de essência e conteúdo.
Glauber Rocha dizia que a função da arte é violentar. Concordo plenamente com essa afirmação. A arte, principalmente quando se dirige a um grande público, não deve simplesmente mostrar à massa um espelho daquilo que ela é(como fazia o Nelson Rodrigues). Deve, antes de tudo, provocar uma perturbação dos sentidos capaz de impor ao público um desafio heróico diante daquilo que ele percebe.

Flávio Bertola

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Meu Trabalho Como Músico


Quem quiser conhecer meu trabalho como músico é só acessar o site oficial da banda "Bertola e Os Noctívagos" http//:www.bandabertola.com.br