No início do século passado, o ser humano mais fascinante que já passou sobre a face da Terra proferiu a seguinte frase: “ O mundo é velho demais, tudo já foi dito”. Talvez isto explique o fato de Arthur Rimbaud ter abandonado a poesia aos vinte anos de idade, dando início à sua turbulenta carreira de traficante de armas na Abssínia.
Hoje, no início do século XXI, tenho a sensação de que a humanidade esgotou todas as suas possibilidades. Se pudéssemos conceber deus como um cientista onipotente, poderíamos dizer que a humanidade é uma experiência que falhou. O planeta agoniza de forma acelerada e o modo de vida que o homem criou faz com que a verdadeira arte dê lugar ao entretenimento chulo e inócuo. O homem que trabalha no mínimo oito horas por dia anseia por um escapismo que não o perturbe, que não o faça pensar e principalmente: que possibilite um esquecimento temporário da estupidez que é a sua vida. Por isso, a “arte” que é consumida hoje em dia é um refugo de quinta categoria totalmente desprovido de essência e conteúdo.
Glauber Rocha dizia que a função da arte é violentar. Concordo plenamente com essa afirmação. A arte, principalmente quando se dirige a um grande público, não deve simplesmente mostrar à massa um espelho daquilo que ela é(como fazia o Nelson Rodrigues). Deve, antes de tudo, provocar uma perturbação dos sentidos capaz de impor ao público um desafio heróico diante daquilo que ele percebe.
Flávio Bertola
sábado, 26 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Meu Trabalho Como Músico
Quem quiser conhecer meu trabalho como músico é só acessar o site oficial da banda "Bertola e Os Noctívagos" http//:www.bandabertola.com.br
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